O tempo certamente fica, depois de alguma reflexão, como nosso mais forte e angustiante grilhão. Todos os nossos anelos subordinam-se efetivamente à sensação de tempo, e a maestria na Alquimia Espiritual, isto é, aquele grande passo na Senda Rosacruz, não será alcançada, enquanto não pudermos dar a essa sensação sua verdadeira dimensão. Uma das primeiras lições rosacruzes afirma a inexistência do tempo, mas o neófito passa por ela e a transcura, com o desdém de indivíduo prático, reputando-a um vôo filosófico demasiado teórico e transcendental. A física, porém, veio nos dizer que a questão não é assim filosofante; e a prática rosacruz, por outro lado, nos tem proporcionado o exercício efetivo dessa dimensão atemporal, procurando fazer-nos ver sub specie aeternitatis. É de se notar e lamentar como muitos dentre nós mesmos, estudantes rosacruzes, descuidamos dessa prática, entregando-nos, ao invés, à angústia do tempo: "Não deu certo hoje, não dará amanhã.", impondo-nos, assim,...