FALEMOS TODAS AS LÍNGUAS

Quando acordado, ainda quando acordado, durmo profundamente, e o fio de tristeza que perpassa meu coração é o da suave e fugaz constatação desta ilusão de me saber.

"Não desperdices o resto de tua vida com pensamentos sobre outros homens, quando não dedicas teus pensamentos a algum objeto de utilidade corrente, porque perdes a ocasião de fazer outra coisa quando tens pensamentos dessa espécie: que faz aquela pessoa e por quê; o que ela diz e no que pensa; o que ela está tramando? Não importa que outro tipo de pensamento tenhamos, se for dessa espécie nos afasta da observação de nosso próprio poder dominante. Devemos, portanto, eliminar de nossos pensamentos sucessivos tudo que seja inútil e sem propósito, mas principalmente uma curiosidade muito grande e a maldade; homem, não deves te servir de teu pensamento a não ser para coisas sobre as quais, se alguém te perguntasse, "que tens no pensamento neste instante?", pudesses imediatamente responder com perfeita sinceridade: isto ou aquilo, de modo que após tuas palavras ficasse claro que tudo em ti é simples e bondoso, e que não te preocupas absolutamente com pensamentos relativos ao p...

Gosto de pensar que seja sempre salutar qualquer movimento de idéias que liberte a humanidade de paradigmas imprestáveis. Nesse sentido, não concordo com os que zombam ou até gritam furiosamente contra essa onda que se intitula The Secret ou O Segredo. Segundo seus detratores, seu maior defeito seria a insistência escandalosa num materialismo vazio e a exageração de um poder que não chega a ser assim tão mágico nem desconhecido. Quem acompanha atentamente o material desse movimento, do começo ao fim, percebe que a isca materialista inicial vai se transformando em exortação à introspecção, à busca interior, até culminar, inclusive, com um convite à prática da meditação. Quanto a exagerar o poder, é de se dizer que o tema toca questões caras a toda uma escola de pensamento e conduta, por assim dizer, a que se dá o nome de Misticismo. O Misticismo e sua Tradição Primordial reconhece todo um campo de conhecimentos que a ciência tem dificuldade ainda de circunscrever, já que fogem a um já v...

Não sei se alguém jamais leu, tem lido ou lerá estes meus pequenos registros: ideei-os como substituto do diário em papel, e diários se fazem para leitura póstuma... De qualquer forma, para não perder o fio que me conduz, me ocorre recomendar para os que estão perdidos em si e/ou de si: procurem a Rosacruz, aprendam a meditar e a visualizar e, como se lê no livro cristão, todas as demais coisas vos serão acrescentadas. A vida, vista do alto, é fenomenal...difícil é subir até lá. Para quem não souber por onde começar, indico: http://www.amorc.org.br/

Pois é. Para quem não sabe, vai registrado que o pai de minha mãe(meu avô, explico) era Jonas Solovjovas, lituano de Kaunas. Lamentavelmente o sobrenome ficou para a maior parte da família em sua forma russa: Solovioff, conforme indicação feita pelo tradutor no passaporte de meu bisavô Mikolas Solovjovas, que passou, como se vê do recorte aí em cima, a Nikolas Solovioff... E para quem possa vir a ter uns ataques de lituaniedade, recomendo este muito útil curso de língua lituana: http://www.slic.org.au/Language/LLL_index.swf

Esta noite sonhei que tinha apenas dois dias de vida. Era uma angústia fortíssima e uma tristeza sufocante, não sei se pela vida ou pela morte. De dia topei com este poema de Drummond: Mas era apenas isso, era isso, mais nada? Era só a batida numa porta fechada? E ninguém respondendo, nenhum gesto de abrir: era, sem fechadura, uma chave perdida? Isso, ou menos que isso, uma noção de porta, o projeto de abri-la sem haver outro lado? O projeto de escuta à procura de som? O responder que oferta o dom de uma recusa? Como viver o mundo em termos de esperança? E que palavra é essa que a vida não alcança?

Luz e fogo da Atlântida, água que me sepultou, cuspiu e inspirou; asas que pungem desordenadas a cada passo...sei de onde vim, quem sou, o que devo fazer e aonde devo chegar, mas quais as efetivas invocações que me manterão? Onde os mestres que me guiam? Olho pela janela e não vejo o mar. O vento chega dum horizonte mesquinho. Há serpentes retendo meus passos. Meu coração está pesado. Foi assim no dia em que mergulhei incandescente, para morrer com meu mundo? Cro-maat.