Suicídio II Estou cansado. A eternidade é bem isto de morrer toda hora. Volto e me repito sem o saber. Somente em átimos de loucura Sei que já cansei e devia deixar de existir.
Postagens
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Suicídio Estava ali, nos arredores da caverna. Não gostei do que vi lá fora. Pareceu-me que o mundo cinza e bidimensional que venho há tanto apreciando carrega uma sensaboria bem mais concorde com meu espírito mesquinho. Sensaboria é a minha virtude. Não quero mais sair. Sensaboria é o que sei existir para mim. Todo o resto, profuso e multidimensional, é um amontoado a que não sei me fundir, a que não posso me entregar.
Letras
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Pensei que a leitura de Benjamin, Auerbach, Bakhtin etc fosse me aproximar das letras... Agora me sinto mais longe, tenho saudades, às vezes, das tardes ensolaradas em que, com fome, eu percorria quilômetros para desfrutar numa biblioteca pública dessas letras que hoje me escapam... Perdi o rumo do meu intelecto, perdi o rumo das belezas profundas, dos livros, do conhecimento... Perdi o rumo do Yôga, da auto-descoberta, perdi o rumo de mim...
SOZINHO
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Chove tanto e cada pingo Um grito na noite Estou vivo Ou não? Pela janela talvez minha mãe Com notícias de minha inexistência Chove tanto Ela diz vem E eu sinto o imenso Em cada pingo Ai, tanto vazio Ai, tanta morte E morro só Dissolvido no fundo silencioso. Fico tão bem Fico em paz Já não estou só: simplesmente não existo.