Homem nenhum


Já não entendo, nunca entendi

Os abismos que se abrem em mim,

Minhas placas tectônicas indecifráveis,

Terremoto e implosões é o que sou.


Se matéria orgânica, já não vivo.

Se arquitetura, perdi os traços em destroços.


Da luz inicial até esta treva

É recolher os cacos num labor inútil

Reunindo traços que se destroçam,

Reunindo forças que se implodem.

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