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Parêntese feliz (e em juízo perfeito)

Estou entrando numa outra dimensão e...é incrível! Saúde e beleza, sabedoria e fortuna, iluminação.

ATANOR

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O desejo de falar a língua de muitos povos, a vontade de perscrutar filosoficamente todas as coisas do Ocidente ao Oriente, o impulso irresistível ao misticismo, à sabedoria oculta, essa tendência, enfim, para o geral e, inversamente, a execração do particular respondem ao ideal alquímico da busca do ouro na matéria grosseira, da alma, de Deus dentro do chumbo de todas as coisas visíveis, do encontro de nós mesmos, enfim, aos olharmos atentamente para o que nos é exterior. Nada de especial, na verdade, visto que no fundo todos temos esse impulso ao que há de universal, ao que encontre ressonância com nossa alma. Inusitado é, talvez, apenas eu saber este meu segredo da água, concluir que não gosto de nada e verbalizar o anelo de ser um anjo. A Alquimia tem uma analogia para isso?

Outro parêntese

Ma di che debbo lamentarmi, ahi lassa, finor che del mio desire irrazionale? ch'alto mi leva, e sì nell'aria passa, ch'arriva in parte ove s'abbrucia l'ale; poi non potendo sostener, mi lassa dai ciel cader: né qui finisce il male; che le rimette, e di nuovo arde: ond'io non ho mai fine al precipizio mio.

Nihil

Parêntese inevitável para uma noite de sábado vazia: quero simplesmente ser feliz e fazer feliz o mundo ao meu redor. Acho que querer ser anjo é um modo de traduzir esse anseio, e não gostar de nada e de tudo é a minha maneira honesta de ser mais um, sem rebuço.

Puzzle

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Reunindo os cacos, noto que tenho à mão quatro, digamos, peças do meu quebra-cabeça: aquele plano meio megalomaníaco, a lembrança duma experiência mística na qual me foi dito que o segredo de minha vida está na água, esta recente descoberta ou assunção de que não tenho um gosto particular por nada deste mundo e a conclusão de que gostaria mesmo é de ser um anjo. Numa próxima ocasião, veremos se terei conseguido reunir essas peças eficazmente.

Cota Zero

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Agora me vejo em COTA ZERO Stop. A vida parou ou foi o automóvel?

Presunção

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É bem verdade que mesmo antes dos trinta, lá pelos vinte, ainda sob o efeito de todo aquele élan adolescente, estabeleci como meta aprender algumas línguas (latim, grego, italiano, francês, inglês e russo), dominar toda a filosofia ocidental e a oriental, ser um místico rosacruz sábio e erudito e... Bem, naquele ponto, é de se confessar, não sabia muito o que faria com essas ferramentas; nem mesmo sabia tratar-se de ferramentas. Ao invés, me pareciam um fim em si. Talvez por isso progredi muito pouco...plano tão presunçoso e sem alma.