O desejo de falar a língua de muitos povos, a vontade de perscrutar filosoficamente todas as coisas do Ocidente ao Oriente, o impulso irresistível ao misticismo, à sabedoria oculta, essa tendência, enfim, para o geral e, inversamente, a execração do particular respondem ao ideal alquímico da busca do ouro na matéria grosseira, da alma, de Deus dentro do chumbo de todas as coisas visíveis, do encontro de nós mesmos, enfim, aos olharmos atentamente para o que nos é exterior. Nada de especial, na verdade, visto que no fundo todos temos esse impulso ao que há de universal, ao que encontre ressonância com nossa alma. Inusitado é, talvez, apenas eu saber este meu segredo da água, concluir que não gosto de nada e verbalizar o anelo de ser um anjo. A Alquimia tem uma analogia para isso?